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Foi realizada em Arraial D'Ajuda (BA), entre 07 e 11 de abril, a Oficina para Elaboração do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN CORAIS). Este plano de ação tem a supervisão da COPAN/CGESP/DIBIO, Coordenação Geral da Dra Roberta Aguiar dos Santos, do CEPSUL/ICMBio e Coordenação Executiva do Dr. Clovis Barreira e Castro do Projeto Coral Vivo do Museu Nacional da UFRJ, que viabilizou, em conjunto com o ICMBio, a realização desta oficina.
Os ambientes coralíneos, foco deste plano de ação, constituem formações de recifes biogênicos (consolidados de algas e/ou corais), recifes de arenito e costões rochosos, com presença de corais, encontrados desde áreas costeiras rasas até grandes profundidades. Para tanto, foram delimitadas 18 áreas estratégicas de ação deste PAN, incluindo áreas costeiras e de mar profundo, desde o Maranhão até Santa Catarina.
Sobre estes ambientes foram identificadas várias pressões e ameaças geradas pela ação antrópica, dentre elas a ocupação e uso desordenado das áreas costeiras, levando à destruição de habitats, contaminação por poluentes e ao aumento da sedimentação, decorrentes das drenagens das bacias hidrográficas, e mineração. Outras pressões identificadas referem-se àquelas decorrentes dos efeitos das mudanças climáticas, cujas alterações nestes ambientes afetam sua funcionalidade ecológica e; à coleta/pesca ilegal, excessiva ou em áreas críticas.
A oficina de elaboração do PAN CORAIS contou com cerca de 100 participantes de vários setores da sociedade civil e de várias esferas governamentais, desde representantes de pescadores, instituições de pesquisa, organizações estaduais e municipais de meio ambiente, empreendedores, representantes de Unidades de Conservação federais e estaduais, das diretorias, coordenações regionais e centros de pesquisa e conservação do ICMBio e do IBAMA, dentre tantos outros participantes. Durante o evento, foi homenageada a grande pesquisadora de recifes de corais, Dra Zelinda Leão, por tantos anos dedicados a estes ambientes.
Este esforço coletivo levou à realização de um evento único para a conservação marinha brasileira, resultando na elaboração dos objetivos geral e específicos deste PAN, a partir dos quais foram definidas mais de 100 ações de conservação visando à minimização dos impactos que sofrem estes ambientes tão frágeis e complexos, bem como à recuperação e/ou manutenção, em níveis ecologicamente sustentáveis, das 20 espécies-foco e 35 beneficiadas definidas para este Plano de Ação.
A construção deste PAN é feita de forma participativa, pactuando ações que possam ser executadas num prazo de cinco anos, com a previsão de acompanhamento desta execução através de monitorias anuais pelo ICMBio e Grupo de Assessoramento Técnico, definido nesta oficina com representantes de todas as áreas estratégicas.